30 de agosto de 2019, 18:01

ATENDIMENTO EM AMBIENTE HOSPITALAR

Compartilhe

Olá pessoal! Hoje nós queríamos contar um pouquinho para vocês sobre a nossa experiência com o atendimento do nosso querido paciente Ricardo em ambiente hospitalar. O Ricardo é um paciente especial, que ainda está passando por uma série de testes para fechar um diagnóstico, mas tem uma hipótese diagnóstica de Sindrome de Smith Lemli Optiz, uma síndrome polimalformativa de transmissão autossômica recessiva causada por um défict metabólico da biossíntese do colesterol, que se caracteriza por dismorfias craniofaciais, anomalias congênitas de vários órgãos (salientando-se as do esqueleto e do aparelho urogenital), restrição de crescimento intra-uterino (RCIU), alterações comportamentais e atraso mental.

O Ricardo apresenta um perfil de classe II severa, com retrognatismo mandibular, ou seja, a maxila e a mandíbula dele tiveram um crescimento desproporcional, com um crescimento deficiente da mandíbula em relação à maxila. Após estudo minuncioso da documentação (exames radiográficos e fotografias) do paciente, chegamos à conclusão que a melhor forma para corrigir esta discrepância seria com tratamento ortodôntico e cirurgia ortognática da face. Porém, conversamos com os pais e eles preferiram fazer um tratamento ortodôntico compensatório a realizar a cirurgia.

Fotos extra e intraorais do paciente

Dra. Bárbara e Dr. Júlio no Centro Cirúrgico

Dra. Bárbara com o paciente Ricardo

O planejamento ortodôntico incluiu a extração de 4 dentes e colagem direta de braqutes autoligados Damon Smile com o uso auxiliar de mini implantes extra-alveolares para retrair os dentes superiores, e alinhar os dentes inferiores, que se apresentavam bastante apinhados. Os pais do paciente ficaram cientes que este tratamento não teria grandes alterações na face do mesmo, e sim teria a finalidade de melhorar um pouco a discrepância dentária apresentada, e alinhar e nivelar os dentes.

Realizamos as extrações no consultório odontológico, com uso de medicamento pré-sedativo e sedação com óxido nitroso. Contudo, na próxima consulta, que seria de colagem do aparelho, o paciente já começou a mostrar certa resistência, ficou muito agitado e não quis sentar na cadeira odontológica, nos impossibilitando de realizar o procedimento. Desta forma, optamos na realização da colagem do aparelho e a instalação dos mini-implantes em ambiente hospitalar, com anestesia geral.

O procedimento foi conduzido no Hospital da Face pelo Dr. Julio e a Dra. Bárbara, acompanhado por um médico anestesista e uma enfermeira do Hospital. O paciente foi sedado e assim conseguimos realizar o procedimento com sucesso, sem traumas, e ele ficou até mais receptivo para as próximas consultas ao receber reforço positivo ao final. Os pais ficaram muito contentes e agradecidos, e o Ricardo não parava de sorrir para mostrar o novo aparelho para todos!


Fachada do Hospital da Face

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

©2024 Lourenço Odontologia. Todos os direitos reservados.