25 de junho de 2020, 09:48.

O USO DO FLÚOR NO CONTROLE DA CÁRIE

A cárie é uma doença causada pelo acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes, decorrente ao consumo de açúcares. Desta forma, as medidas de prevenção para seu controle incluem a diminuição da ingestão de açúcares, bem como uma higiene bucal correta e regular. Entretanto, a medida de maior impacto para o controle do desenvolvimento da cárie tem sido o uso de flúor.

Os dentes são formados por minerais a base de apatita (sais contendo cálcio e fósforo) que são extremamente dinâmicos, ou seja, os dentes estão a todo tempo sofrendo desmineralização e remineralização. Neste sentido, o flúor ao incorporar-se ao dente forma um composto que se chama flúorapatita, que torna o mineral do dente menos solúvel, assim sofrendo menor desmineralização e consequentemente diminui a ocorrência de cárie dental.

O flúor pode ser administrado de diversas formas. A pasta de dente flouretada é a forma mais fácil, e atualmente a Associação Internacional de Odontopediatria indica o uso da pasta fluoretada a partir do aparecimento dos primeiros dentinhos. Para crianças, a recomendação é que a pasta tenha uma proporção de 1100 ppm de flúor e que seja usada uma quantidade de 1 grão de arroz cru para crianças até 3 anos e 1 grão de ervilha para crianças maiores de 3 anos. Já para adultos, as pastas de dente devem conter 1450 ppm de flúor e quatidade pode ser um pouco maior, pois neste caso não há problema de deglutição de pasta.

A presença de flúor nos dentifrícios (pastas de dente), em termos de controle da doença cárie, tem sido considerada tão relevante que foi feita a seguinte comparação: “A importância da adição de flúor aos dentifrícios deve ser entendida como semelhante à suplementação de vitaminas ao leite, à manteiga e ao pão”. O flúor dos dentifrícios, à semelhança de qualquer forma de uso de flúor, é importante tanto para crianças como para adultos. Estudo com voluntários de mais de 50 anos de idade constatou menos 41% de cárie em esmalte e menos 67% de cárie em dentina radicular quando os dentes foram escovados com dentifrício fluoretado em relação à escovação com pasta não-fluoretada. A escovação também pode ser complementada com uso de bochechos com soluções antissépticas fluoretadas.

A ingestão de flúor em altas quantidades pode causar uma forma de intoxicação que se chama fluorose, a qual pode se manifestar de forma aguda ou crônica. A fluorose crônica gera manchas brancas nos dentes, enquanto a florose aguda causa vômitos e diarréias. Contudo, os estudos mais recentes mostram que se a pasta for administrada de forma correta, e seu uso orientado pelos responsáveis, a ocorrência de fluorose é muito pouco provável. Desta forma, o uso de pasta de dente não fluoretada, tendo em vista a importância do flúor no controle da cárie, é uma medida que não encontra respaldo científico. Além disto, o flúor pode ser encontrado também na natureza e acaba sendo ingerido pela população em alimentos como água e chá preto, e sua ingestão também não está associada à ocorrência de fluorose.

A fluoretação da água no Brasil foi implementada a partir de 1974 em todas as Estações de Tratamento de água, como uma das principais medidas de saúde pública, em função do seu impacto em reduzir os níveis de cárie na população. A eficiência deste método foi comprovada em dezenas de países através de centenas de avaliações. Isto também se confirmou no Brasil. Um estudo mostra que a prevalência de cárie dental no Brasil era muito alta antes da fluoretação da água, e decresceu atingindo índices moderados no início da década de 90. Isto mostra a força do método que isoladamente reduziu em 50% a prevalência de cárie.

Por fim, mais um método de controle de cárie com uso de flúor que também é muito importante é a aplicação de flúor tópico pelo cirurgião-dentista em consultório odontológico. O flúor tópico usado pelo profissional tem uma concentração muito mais alta que das pastas de dente, por isso deve ser realizado com um intervalo de tempo, mas é uma forma de tratamento adjacente ao uso da pasta de dente que é de considerável valia.

17 de junho de 2020, 11:02.

CLAREAMENTO DENTAL

Os nossos dentes podem escurecer por diversos motivos, como idade, tabagismo, alimentação, traumas ou aspéctos genéticos. Este escurecimento dos dentes pode trazer repercussões para a estética e até a auto estima destas pessoas. A notícia boa é que podemos clarear os dentes para melhorar a sua aparência!

Como funciona o clareamento dental?

O clareamento tem a função de remover pigmentação do dente, sem remoção de estrutura dentária. Por isso que o clareamento dental deve ser feito com acompanhamento de um dentista, já que as pastas de dente clareadoras ou moldeiras compradas em farmácias acabam desgastando o esmalte do dente para clareá-lo.

O dente é composto por algumas camadas, sendo a mais externa o esmalte e a camada intermediária a dentina. O gel clareador que utilizamos, a base de peróxido de hidrogênio ou carbamida, penetra diretamente na dentina, quebrando as moléculas que causam o escurecimento do dente, preservando totalmente o esmalte dental.

O clareamento dental pode ser feito em casa ou em consultório odontológico. No caso do clareamento caseiro, é realizada uma moldagem da boca do paciente e então ele receberá moldeiras com o gel clareador que deverá usar em casa, por período determinado pelo profissional. Já no caso do clareamento em consultório, são 3 sessões de 40 minutos a 1 hora em que o dentista aplica o gel clareador no paciente com ajuda da luz, que acelera o processo. É possível ainda associar o método caseiro ao de consultório também.

Para saber qual método é mais indicado para você, agende uma consulta conosco podermos lhe orientar.

Qualquer um pode fazer clareamento dental?

O clareamento dental pode ser realizado pela maioria das pessoas, com algumas excessões como gestantes ou lactantes, pessoas com hipersensibilidade dental, pessoas com problemas bucais como cáries ou periodontite, e pessoas com restaurações extensas. Contudo, para saber se você pode clarear os seus dentes, é necessário fazer uma avaliação com um profissional.

O clareamento pode gerar sensibilidade dental?

Sim, a sensibilidade é um efeito colateral que pode estar associada ao clareamento dental. Pode ocorrer durante o tratamento e até alguns dias depois, mas existem métodos para controlar a sensibilidade, como pastas de dente ou analgésicos.

Quais os cuidados deve-se tomar durante o clareamento dental?

O ideal é que o paciente que esteja fazendo clareamento dental evite alimentos ou bebidas com pigmentação forte, como café, vinho tinto, suco de uva, ketchup, etc. Em casos de pacientes fumantes, o ideal é eliminar o hábito ou reduzir o número de cigarros durante este período.

Além disto, os pacientes devem tomar um cuidado redobrado com a higiene bucal e marcar controles periódos no dentista. O clareamento realizado sem acompanhamento profissional pode gerar efeitos irreparáveis, que envolvem até a necrose do dente.

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