4 de abril de 2017, 12:22.

Obesidade – Epidemia mundial e seu impacto na saúde bucal


A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Hoje na América Latina 360 milhões estão com sobrepeso, 50 milhões no Brasil (1/4 da população brasileira). Calcula-se que no mundo em 2025 cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão com sobrepeso e 700 milhões serão obesos.

Segundo a professora Silvia Helena de Carvalho Sales Peres da Faculdade de Odontologia da USP – Bauru a obesidade leva à alterações nos fatores metabólicos e inflamatórios que induzem ao aparecimento de diversas doenças crônicas, como: diabetes, hipertensão, arteriosclerose, artrite, distúrbios do sono, refluxo, infertilidade, incontinência urinária nas mulheres, disfunções endócrinas, disfunção da vesícula biliar, problemas pulmonares, alguns tipos de câncer, problemas psicossociais e econômicos.

“O tecido adiposo funciona como um órgão endócrino que segrega vários fatores, tais como as adipocitocinas que podem causar doença através da resposta imune”, diz a professora Silvia.

OBESIDADE X SAÚDE BUCAL

Além de aumentar o risco para as doenças gerais acima relatadas, a obesidade pode ser o fator de risco para doenças bucais como: cárie, inflamação gengival, erosão dentária relacionada ao refluxo gastroesofágico, disfunção da ATM e redução do fluxo salivar. Pacientes obesos mórbidos tem valores alarmantes de doença periodontal.

A obesidade e as doenças bucais têm fatores etiológicos comuns em crianças e adolescentes: alto consumo de açúcares refinados. Ambas as doenças estão diretamente relacionados à uma má alimentação.

Nos pacientes que se submetem à cirurgia para a redução de estomago uma condição precária de saúde bucal pode comprometer o pós-operatório com entupimento do estomago pela ingestão de alimentos de tamanho incompatível com a nova anatomia, náuseas, vômitos de repetição, desnutrição, hipovitaminoses. Sendo assim, pacientes obesos e os que vão se submeter a uma cirurgia de redução do estomago devem receber uma atenção especial dos dentistas tanto previamente à cirurgia como também no pós cirúrgico.

Veja o excelente guia alimentar preparado pelo Ministério da Saúde:

bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf

LOURENÇO ODONTOLOGIA – www.lourencoodontologia.com.br

13 de março de 2017, 19:05.

Traumatismo em dentes de leite

Os traumatismos em dentes de leite constituem um problema de saúde pública em desenvolvimento e de desafio para os profissionais da saúde. Esta desordem tem mostrado produzir um impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de crianças em idade escolar, sendo que existe uma relação diretamente proporcional entre a gravidade do traumatismo e o impacto negativo na qualidade de vida. Em crianças em idade pré-escolar, os traumatismos  têm mostrado um impacto negativo na auto-imagem e interação social quando da presença de alteração de cor, fraturas, e dor.

Certamente, o tratamento odontológico de traumatismos dentários, considerados de maior gravidade estética e funcional, terá uma repercurssão psicossocial positiva na vida de crianças em diversas idades.

Na infância, acidentes envolvendo batidas na região da boca são muito comuns, principalmente de um a dois anos e meio, idade em que a criança começa a se movimentar livremente. A criança desconhece os perigos, por isso se faz necessário uma constante supervisão do adulto. Batidas contra o berço, quedas em cima de trocadores de fraudas e de escadas são acidentes muito comuns. Crianças maiores, com frequencia caem de brinquedos como gira-gira, escorregadores, balanços e outros.

Salientamos a contra indicação de andadores para crianças que estão engatinhando ou iniciando seus primeiros passos. A criança encontra seu ponto de equilíbrio com seu próprio esforço no aprendizado do andar, apoiando-se e levantando-se. Com o uso frequente de andador, ela se habitua a ter maior liberdade com velocidade. Quando não está fazendo uso dele, a coordenação dos passos fica alterada, e a criança poderá sofrer quedas graves, ou em superfícies planas ou, principalmente, próximas às escadas.

A outra faixa etária em que ocorre o traumatismo dental com maior frequencia é por volta dos sete aos catorze anos. É por volta desta faixa que há o início da prática esportiva.

É preciso que os pais fiquem atentos aos traumatismos bucais, pois eles podem ter diversos graus de gravidade. Devem ser observados os sagramentos, as escoriações, os deslocamentos dentários e as fraturas. O ideal é que se procure um profissional da Odontopediatria o mais rapidamente possível, para o correto diagnóstico e tratamento necessário.

Pela forte presença de vasos e artérias, o sangramento causado pelo traumatismo nesta região é muito intenso, o que assusta muito as mães e as crianças. É importante salientar que logo após o trauma não se deve permitir o uso de chupeta ou sucção de dedo, pois ele poderá deslocar os dentes e aumentar o sangramento, além de prejudicar o posicionamento dentário.

Os tipos de lesões dentárias mais comuns em caso de trauma são:

  • Deslocamento dental: o dente poderá apresentar mobilidade e permanecer no local;
  • Fratura dental: existem diversos tipos como trinca de esmalte, fratura do esmalte e dentina, entre outras, podendo inclusive expor a polpa ao meio oral;
  • Intrusão dental: chamada de luxação intrusiva, quando o dente é deslocado para o interior do alvéolo dentário;
  • Avulsão dental: com o impacto o dente é expelido do alvéolo dentário.

Os traumas podem levar a perda do dente de leite ou alterações na coloração, além de defeitos de formação nos dentes permanentes, por isto devem ser avaliados imediatamente por um cirurgião-dentista para que sejam tomadas as providências necessárias.

Segue abaixo uma cartilha sobre o que fazer se o dente do seu filho cair durante um trauma:

 

Fonte: www.crechesegura.com.br

Saúde Bucal do Bebê e do Adolescente – Dra Salete Nahás

Estética em Odontopediatria – Dr. Marcelo Bonecker.

27 de fevereiro de 2017, 12:10.

A Correlação entre Saúde Bucal e Saúde Geral

Boca e Corpo são Totalmente Integrados

A saúde bucal é essencial para a saúde geral e para o bem estar em todos os estágios da vida. Nos capacita para uma alimentação eficaz, permite uma boa interação social, promove auto estima e um sentimento de bem estar. A boca é uma janela para o resto do corpo propriciando sinais de diversas doenças gerais:

– Lesões bucais podem ser o primeiro sinal de AIDS.

– Aftas podem ser uma manifestação de Doença Celiaca ou Doença de Crohn.

– Uma gengiva pálida ou avermelhada pode ser um indicativo de desordens hematológicas.

– Perdas ósseas nos maxilares podem ser um primeiro sinal de osteoporose.

– Alteração na aparência dos dentes podem indicar bulimia ou anorexia

– A presença diversos componentes nocivos  como alcool, nicotina, drogas, hormonios, toxinas do meio ambiente, anti-corpos, podem ser detectados na saliva

Condições bucais tem impacto na saúde e na doença. Bacterias da boca podem causar infecções em outras partes quando o sistema imune esta debilitado por uma doença  ou por um tratamento medico (exemplo: endocardite bacteriana, pneumonia). Inflamações gengivais aumentam o risco para parto prematuro, Condições de saúde geral e seu tratamento também podem impactar a saúde oral (exemplo: redução fluxo salivar, alteração no balanço oral de microorganinsmos).

A doença gengival tem sido diretamente associada à varias doenças sistemicas (gerais). Cancer e doenças cardiacas tem os mesmos fatores de risco que as doenças gengivais. Reconhecer que saúde bucal e doenças gerais são interligadas é essencial para a elaboração de programas e estrategias para prevenção das doenças tanto ao nivel individual como no coletivo. A adoção de estrategias de prevenção e de tratamento comuns é mais eficiente do que estrategias de tratamento isoladas.

As doenças bucais são as doenças cronicas com mais alta incidencia nos seres humanos, apesar de serem altamente previniveis. Os principais fatores de risco para doenças bucais que também são fatores de risco para doenças gerais são:

– Dieta: fator de risco para doenças bucais, cardiacas, AVC, diabetes, cancer e obesidade

– Tabaco: risco para doenças bucais, cancer, doenças cardiacas, AVC, doenças respiratórias e diabetes

– Má Higiene: risco para doenças gengivais e outras doenças inflamatórias bacterianas

– Stress: risco para doenças gengivais e cardiacas

– Condição socio-economica: determinante subjacente a outros fatores de risco

Com o aumento das evidências que indicam uma relação entre saúde bucal e saúde geral, é mais importante do que nunca que você visite seu dentista regularmente. Sua saúde depende disto.

 

Dúvidas:

atende@lourencoodontologia.com.br

15 de janeiro de 2017, 15:02.

Laminados e lente de contato

Até alguns anos atrás, quando se necessitava reconstruir um dente que apresentava perda de estrutura ou estética inadequada normalmente se realizava a endodontia (tratamento de canal), confecção de núcleo metálico fundido e coroa metalo-cerâmica, tratamento invasivo, demorado e com custo alto.

Atualmente temos a possibilidade de realização de uma prótese metal free (sem metal) sem a necessidade de tratar o canal e confeccionar o núcleo. Um tratamento com pequenos ou mesmo nenhum desgaste de dente é requerido, deixando o dente mais bonito e protegido dos possíveis agentes agressores.

A escolha entre os Laminados ou Lentes de Contato está relacionada principalmente ao grau da desarmonia que se deseja corrigir, pequenas mudanças são realizadas com Lentes de Contato, nesses casos nenhum desgaste dentário é realizado. Maiores mudanças são feitas com Laminados, nesses casos algum desgaste (normalmente de 0,3 a 0,6 milímetros) na estrutura dentaria é requerido.

Principais Indicações:

– Modificar a cor, forma, textura da superfície, comprimento e alinhamento de um ou mais dentes

– Reduzir ou fechar diastemas (espaços entre os dentes).

– Corrigir giroversão dos dentes.

– Restaurar dentes fraturados.

Fontes:

– Lente de Contato Dental – Luis Carlos Menezes Pires

– Manual de Facetas e Lente de Contato – FGM

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