8 de maio de 2019, 17:22

TRATAMENTOS INDICADOS PARA DISFUÇÕES TEMPOROMANDIBULARES

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Disfunção temporomandibular (DTM) e dor orofacial são denominações de qualquer desarmonia das articulações temporomandibulares, dos músculos do aparelho estomatognático e dos suprimentos vascular e nervoso desses tecidos (ocasionando dor, limitação dos movimentos mandibulares, ruídos e deformidades faciais).

Há diversas alterações no organismo humano que podem ser confundidas com DTM, como problemas otológicos, neurológicos, vasculares, odontogênicos, reumatológicos, neuragia do trigêmeo, dor sinusal, entre outros. Desta forma, o diagnóstico é o ponto de êxito para o tratamento.

A DTM pode ser articular ou muscular, e cada um deles pode ser organizado em subgrupos, com odor miofascial, capsulite ou osteoartrite. Vários fatores podem atuar simultaneamente sobre os elementos que constituem o sistema estomatognático: dentes, periodonto, músculos, ATM e nervos. Entre esses fatores, podem ser considerados: oclusão, hábitos parafuncionais, traumatismos, hábitos posturais, qualidade do sono, fatores genéticos, condicionamento físico, nutrição, consumo de água, café e álcool, uso de tabaco, gênero, fatores biopssicossociais e a própria dor. Quanto maior a complexidade do caso, maior o número de fatores envolvidos.

O tratamento das desordens intra-articulares é dividido em duas categorias: conservadores ou reversíveis e invasivos ou irreversíveis. As terapias reversívesi devem ser a primeira escolha de tratamento para as disfunções temporomandibulares, mesmo quando haja necessidade de procedimento cirúrgico. Os tratamentos conservadores acompanham a cirurgia no pré e pós operatório, visando a melhora dos sintomas e qualidade de vida dos pacientes.

O tratamento conservador prevê o aconselhamento do paciente e traz diversos benefícios, como explicações simplificadas sobre sua condição e auxílio na redução da ansiedade, já que este é o principal fator causador das DTMs. Para tratar uma patologia da ATM, muitas vezes, é necessário mais que um método terapêutico, sendo comum a demanda de profissionais de outras áreas da saúde, a saber, fisioterapeutas, massoterapeutas, psicólogos, entre outros.

Também como coadjuvante nos tratamentos convencionais da ATM, algumas medicações e o uso de botox pelo cirurgião-dentista capacitado visam controlar os sintomas dolorosos associados à DTMs.

Dos dispositivos intra-orais, a placa oclusal é o método mais convencional de tratamento das DTMs. Atua promovendo uma função articular balanceada, protegendo os dentes de desgastes e mobilidade, relaxando os músculos da mastigação, redistribuindo as forças aplicadas na mandíbula. Também há melhora na função da ATM, reduzindo assim o bruxismo e tratando disfunções e dor nas articulações e músculos da mastigação.

Os métodos invasivos ou irreversíveis mais comuns são as modificações permanentes da oclusão e cirurgias da ATM, que são indicadas somente em um número reduzido e específico de situações, como fraturas, tumores, anquiloses, distúrbios congênitos ou de desenvolvimento.

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