8 de maio de 2019, 15:08

TABAGISMO: SITUAÇÃO ATUAL E O CIGARRO ELETRÔNICO

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O consumo do tabaco no mundo todo vem diminuindo, no ano de 2000 27% da população mundial era de fumantes, hoje são 20%. Contudo, a quantidade de fumantes ainda é assustadora, chegando em aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas. Basicamente 4 fatores impedem uma diminuição do número de fumantes no Brasil: pesquisas enganosas, lobby dos fabricantes, contrabando e corrupção.

O Brasil registrou avanços significativos na luta contra o tabagismo: em 1989, 35% dos adultos fumava, hoje esse índice é de 11%. Atualmente a luta contra o fumo encontra um obstáculo importante: o contrabando, que vende o cigarro avulso em comercio ilegal inclusive para crianças. Para os fabricantes o contrabando pode ser mostrar bastante rentável. Os cigarros que são contrabandos para o Brasil são, na maioria, dos mesmos fabricantes nacionais que mantem fabricas em países onde os impostos são mais baratos do que aqui.

Um outro obstáculo importante para a redução do tabagismo são os cigarros eletrônicos que já se alastraram pela Europa e Estados Unidos e começam a chegar ao Brasil. Seus produtores indicam que os cigarros eletrônicos poderiam ser uma alternativa para quem não consegue se livrar do vício. De fato, ocorre uma diminuição no consumo de substâncias tóxicas, mas a experiência tem mostrado que a maioria dos fumantes acabam ficando com os dois tipos de cigarro. Os fabricantes de cigarros eletrônicos focam no público jovem, mais ligado nos produtos com apelo tecnológico. Muitos têm o formato de pen drives que podem ser carregados em USB de computadores e contém sabores como chocolate, morango e creme brulee.

A maior fabricante de cigarros dos Estados Unidos acaba de comprar por 12,8 billhões de dólares 35% da Juul Labs, empresa que domina o mercado de cigarros eletrônicos. A intenção é utilizar toda a infraestrutura de venda e marketing das gigantes do tabaco. A indústria investe numa forma de manter seus lucros nos países que tem conseguido reduzir o número de fumantes tornando o produto mais palatável, inclusive para as crianças.

Caso medidas preventivas não forem adotadas andaremos para trás, veremos milhões de crianças e adolescentes brasileiros dependentes da nicotina.

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