8 de maio de 2019, 11:53

RESPIRAÇÃO BUCAL E SAÚDE BUCAL

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Respiração bucal pode não parecer um grande problema, mas em termos de saúde bucal e do desenvolvimento facial em crianças, pode criar problemas que podem impactar toda a vida futura.

 

Como identificar um respirador bucal?

Muito frequentemente os pais não conseguem identificar claramente a respiração bucal em seus filhos ou mesmo os adultos neles próprios. Alguns indícios de respiração bucal incluem:

– Lábios secos

– Dentes apinhados

– Ronco, apneia do sono e boca aberta quando dormindo

– Aumento da incidência de infecções das vias aéreas como: sinusite, otites e resfriados.

– Mau hálito crônico

– Olheiras, olhar cansado

– Mastigação deficiente, engasgos frequentes

A respiração bucal ocorre em pessoas que têm obstrução nasal crônica. Os fatores que podem levar a uma obstrução da respiração nasal são: desvio de septo nasal, aumento dos cornetos nasais (estruturas presentes dentro da cavidade nasal), alergias respiratórias, aumento de amigdalas e da adenóides. Quando seu corpo não consegue obter o oxigênio necessário através de uma respiração nasal, automaticamente o único caminho alternativo é utilizado: sua boca.

A respiração bucal em crianças pode influenciar negativamente o desenvolvimento das estruturas ósseas e dentárias. O lábio superior fica curto, o fechamento total dos lábios pode ficar comprometido, os dentes superiores podem inclinar para fora da boca, o palato cresce em profundidade e não lateralmente o que acarreta na falta de espaço para o alinhamento dentário, os dentes ficam apinhados, e problemas de fala podem ocorrer. A qualidade do sono pode ficar comprometida. Má respiração diminui a concentração de oxigênio no sangue que acarreta em uma piora na performance escolar ou no trabalho. A respiração bucal deixa a cavidade bucal seca, o que, aumenta a incidência de cáries e de inflamações gengivais. Além disto, o hálito pode ficar desagradável.

Humanos são desenhados para respirar pelo nariz, quando se respira pela boca a postura corporal se altera, para manter a passagem aérea aberta. Isso pode causar problemas em crianças e adultos. Os respiradores bucais tendem a posicionar a cabeça anteriormente, aumentado o peso relativo da mesma, trazendo dores musculares e um padrão de crescimento anormal. Desvios na coluna podem ocorrer. Ademais, os pêlos nasais realizam a filtragem do ar, que também acaba sendo comprometida em crianças respiradoras bucais e isto favorecer a entrada de microorganismos indesejados e impurezas pelas vias aéreas.

Caso a respiração bucal não seja tratada em uma criança em crescimento a arcada dentária se deforma, a mordida abre na região anterior, o lábio superior fica menor e dobra para cima, a face se alonga, o nariz se achata e as narinas ficam menores.

Todos esses riscos indicam uma necessidade de tratamento imediata, assim que o problema respiratório for diagnosticado. As crianças devem ser encaminhadas ao odontopediatra, ortodontista e otorrino para avaliação de suas condições respiratórias. Deformidades ósseas e dentarias devem ser tratadas com aparelhos fixos ou removíveis para se limitar maiores danos no futuro. Quando o posicionamento da língua e tonicidade dos lábios estão alterados e nos casos em que a respiração bucal é mais habitual do que funcional a atuação da fonoaudióloga é fundamental.

Em nossa clinica estamos treinados para avaliar a condição respiratória de nossos pacientes, e muito frequentemente somos os primeiros a identificar o problema. Isso torna as visitas periódicas fundamentais.

Dúvidas? Envie um e-mail para contato@lourencoodontologia.com.br

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