23 de dezembro de 2016, 17:51

Métodos Preventivos: Flúor e Selante

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Flúor e Selante

As melhores formas de prevenção abrangem a redução do açúcar na dieta e a higienização correta. A correta higienização deve ser feita com escovação diária, uso de fio dental e o fortalecimento das estruturas dentárias.

As variações individuais requerem que seja feita uma avaliação específica sobre quais métodos necessitam ser realizados em cada caso. Essas variações referem-se ao esmalte do dente, à técnica de escovação utilizada pela criança, ph de sua saliva e, principalmente, seu tipo de dieta.

Algumas crianças necessitam, mais que as outras, da utilização de métodos de prevenção para alcançarem um ponto de equilíbrio para sua saúde bucal. Neste sentido, existem recursos preventivos que podem ser utilizados para o fortalecimento das estruturas dos dentes, tais como a aplicação de flúor e de selantes.

 

Flúor

O flúor é um componente químico que promove o fortalecimento do esmalte, sendo capaz de reduzir significantemente a cárie. Ao entrar em contato com a superfície do dente, o flúor se incorpora a ele, passando a fazer parte de sua estrutura.

Existem duas formas de utilização: por via oral (uso sistêmico) e tópico (aplicado sobre a superfície do dente).

Flúor sistêmico

 

O flúor sistêmico é aquele usado de forma ingerida, que sera incorporado ao esmalte durante sua formação. Portanto, deve ser administrado durante o processo de formação dentária. Desde que seja usado na dosagem correta, não provoca efeitos colaterais.

Esta é a maneira mais efetiva e abrangente de prevenção, pois o flúor está presente na água de abastecimento dos municípios e em algumas águas comercializadas. Por este motivo, a suplementação de flúor, por meio de gotas ou comprimidos, não é necessária nem para crianças nem para gestantes, pois poderá ocorrer a superdosagem de flúor.

Mesmo que a pessoa tome apenas água mineral, o flúor estará presente quando consumir alimentos cozidos em água de abastecimento, não necessitando, portanto, de sua complementação.

A superdosagem, isto é, o excesso de flúor ingerido, pode levar a um problema no esmalte dentário chamado fluorose. A fluorose compromete a estética e a estrutura dentais, e se caracteriza pelas manchas brancas opacas suaves, ou machas acastanhadas opacas e rugosas, que aparecem na superfície dos dentes.

 

Flúor Tópico ou Verniz de Flúor

 As aplicações de flúor tópico ou verniz de flúor devem ser realizadas em consultório odontológico, utilizando o flúor em maior concentração. O tempo de aplicação varia de um a quatro minutos, conforme o fabricante. Deve ser aplicado pelo dentista em consultório odontológico para o procedimento seja monitorado e não haja ingestão de grande quantidade de flúor pela criança, com pincéis ou moldeiras.

Para crianças de menor idade, é recomendada a aplicação do flúor em verniz, que adere ao dente e forma uma película que libera o flúor levamente.

A frequencia de aplicação deve ser estabelecida pelo dentista, que avaliará cada caso. Recomenda-se aplicar de três em três meses em crianças com alto risco de cáries, e de duas a três vezes no ano em crianças com baixo risco de cáries. Caso a criança apresente cárie aguda, podem ser necessárias aplicações com maior frequencia, até semanais.

 

 

Dentifrícios com flúor

Associação Americana de Odontopediatria recomenda que as crianças, a partir do aparecimento do primeiro dente, usem uma escova de cerdas macias adequada à sua idade, e pasta de dentes flouretadas com incidência de a partir de 1100 ppm (partes por milhão) de fluoreto, em uma quantidade de um grão de arroz cru para crianças até os 3 anos, e um grão de ervilha para crianças maiores que 4 anos. A pasta deve ser usada sobre a supervisão de um adulto, e orientação de um Odontopediatra, porque a indicação varia de acordo com a rotina alimentar e as características de cada criança.

A escovação com pastas fluoretadas deve ser feita no mínimo 3 vezes ao dia, tendo-se o cuidado de remover os resíduos de pasta com uma gaze ou frauda umidecida para as crianças que ainda não sabem cuspir. Caso a criança realize a higiene na escola, ou até em casa sem acompanhamento de um responsável, pode utilizar a pasta sem flúor até que os pais estejam seguros que ela consiga cuspir, e que coloque a quantidade indicada de pasta na escova.

SELANTES

As fissuras (ranhuras e sulcos) presentes na forma do dente facilitam o acúmulo de resíduos alimentares, sendo o local de maior incidência de cárie. O selante é uma substância fluida, desenvolvida para escoar e penetrar nessas fóssulas e fissuras, vedando-as. O selante se adere aos sulcos, impedindo a penetração de bactérias.

Indicamos que se aplique os selantes nos dentes permanentes do fundo assim que eles erupcionam pois estas fóssulas estão mais pronunciadas e, portanto, a higienização não consegue eliminar todo o resíduo alimentar, havendo mais probabilidade de ter formação de cáries nestas regiões.

Os molares (dentes do fundo) de leite têm sulcos mais lisos e rasos e geralmente não há necessidade de se aplicar o selante. Contudo, existem variações anatômicas, e portanto esta decisão deve ser feita pelo Odontopediatra de caso para caso.

Fonte: Saúde Bucal do Bebê e do Adolescente – Guia de Orientação. Maria Salete Nahás Pires Corrêa. Editora Santos, 2005.

2 respostas para “Métodos Preventivos: Flúor e Selante”

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